sábado, 2 de maio de 2009
Sobre pombos
No convivio com certo tipo de pessoas vejo como quase certo um consequente embolar das tripas e um frio a subir pela espinha. Em momentos específicos esse efeito torna-se inevitável. Não os culpo por me causarem isso, e na verdade algumas vezes os desejo bem perto, pelo menos quando muito longe e irreais estão, para que supram uma falta qualquer de meu espírito ou para que compartilhem de ótimas emoções e sensações pelo que passo de tempos em tempos. Entretanto, a inevitabilidade do revirar de minhas tripas é algo que me incomoda quando acontece, coisa fácil de se supor.
Digo essas coisa dessas pessoas, as quais espero não lerem estas simples linhas, e se lerem não vestirem a carapuça, na verdade de uma posição criticável e criticada, mas mesmo assim não consegui não lembrar de certos versos de Vinicius de Moraes, que certamente são conhecidos amplamente por quem os aqui ler: "Deus sabe que , entre gatos e pombos, eu sou francamente pela primeira espécie. Acho pombos um povo horrivelmente burguês, com seu ar bem-disposto e contente da vida, sem falar na baixeza de certas características de sua condição, qual seja a de, eventualmente, se entredevorarem quando engaiolados."
Devo ressaltar que logicamente elas, companhias minhas, não compartilham dessa característica da condição dos pombos, mas seu ar bem-disposto com a vida é de verdadeiro incômodo para mim, animal severamente preguiçoso e sem perspectivas de nada.
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